Para você, o que significa Liberdade Financeira?
Para muitas pessoas, viver em harmonia é maior meta de suas vidas. Outras necessitam de conforto relativo para se sentirem livres. Outros ainda acham que não trabalhar é ser livre. Será?
Vou contar uma história bem curta, mas marcante:
"João nasceu em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro. Desde cedo, ele aprendeu o valor do trabalho e sabia que somente a renda que lhe garantia o sustenta era impossível sair daquela situação. Então João, vendedor de balas no trem, resolveu abrir uma pequena barraquinha de balas, chicletes e doces. Ele gastou R$100 que juntou por meses! Logo no começo, ele percebeu que trabalharia em dobro do que quando vendia bala no trem. Será que ele ganharia mais? Os pensamentos rodavam na cabeça dele, mas resolveu abandonar o conforto e continuava, dia após dia, a trabalhar incansavelmente em sua singela barraquinha de doces.
Em dois meses, com faturamento bruto de R$100 por semana (lembra quanto ele gastou?) ele resolveu adquirir uma barraca maior, desta vez em uma rua muito movimentada e com vasto horário de movimentação de pessoas. Ele também conseguiu fornecedores melhores e agora faturava R$200 por semana. Aquilo o fascinou! Nunca ganhara tanto na vida! Mas João não queria apenas ganhar R$200 por semana, ele queria ser como aqueles moços bem vestidos, com celular, carro bonito... O crime da sua comunidade havia tirada seu pai e lhe dado uma chance de ganhar R$700 por semana, mas João recusou o caminho mais fácil.
Saiu novamente da sua zona de conforto e resolveu fazer supletivo do ensino médio á noite. Isso lhe daria R$50,00 a menos, mas ele queria estudar e melhorar sua maior fonte de renda: seu cérebro! Então, depois de 6 meses, com 23 anos ele terminou o Ensino médio e pode usar os estudos mais avançados para propor um orçamento, promoções, maior rotatividade de mercadorias e melhor negociação com o fornecedor.
O resultado foi quase inexpressivo! Ele passou a ganhar R$250 por semana, apesar do esforço enorme que ele fez! Não satisfeito, pegou R$300 e gastou em um curso de vendas perto do local onde trabalhava. Um mês depois, ele percebeu que precisava de mais roupas e melhor aparência. Gastou mais R$100 para comprar 2 mudas de roupas e um corte de cabelo.
Naquela semana, ele quase não pôde contabilizar seus ganhos... Eram de apenas R$100! O que fizera de errado?
Na semana seguinte, resoluto, pôs um largo sorriso nos lábios, apesar da pacificação da sua comunidade o fazer dormir na casa de um tio alcóolatra na noite anterior e ter que vestir a roupa do dia anterior, e seguiu vendendo. Para sua surpresa, naquele dia, ele faturou R$50,00.
No dia posterior, pôs um sorriso maior nos lábios e foi trabalhar com o peito cheio de alegria, certo de que faria vendas maiores. Realmente! Naquele dia havia um comício de um grande político naquela rua e ele faturou R$100,00! Achou fantástico como as pessoas agem parecidos em determinadas situações e reagiam de acordo com sua postura. Então ele resolveu aplicar o conhecimento e a contabilizar aquela semana... Havia faturado R$500 em apenas 4 dias! Porque os 3 primeiros não pôde ir trabalhar por conta da violência em sua comunidade...
Ficou intrigado com aquele disparate com relação aos seus ganhos anteriores e resolveu novamente investir os R$500 em um curso de psicologia de vendas... Então, depois de aproximadamente 1 ano de intenso trabalho e descobertas de si e do mundo que o rodeia, João recebia uma média de R$800 de ganhos com sua barraca de doces, quando antes conseguia apenas R$500 vendendo balas no trem...
Depois do curso, muito mais disposto e experiente, alugou uma casa mais perto do seu trabalho e pôs-se a aplicar as técnicas que aprendera no curso. Sua simpatia, sua postura como profissional e sua solicitude lhe renderam clientes fiés que agora comprava regularmente em sua barraca. O saudavam como a um igual, não mais como um favelado que tinha uma barraquinha! Isso lhe intrigou: porque a mudança de tratamento? Então olhou para si e comparou o João de 1 ano antes:
Abatido, cansado, rude, desgrenhado, mau sabendo realizar uma conta, com o João de agora: alegre, sempre bem disposto, lépido e atencioso, bom vendedor, carismático e conhecedor do seu negócio.
João passou a faturar R$500 por semana com seu negócio, uma renda mensal impensável para seu nível de vida anterior. Agora, ganhando R$ 2000 por mês, ele comprava roupas boas e podia alugar uma boa casa. Muitos teriam parado, mas João queria mais. Afinal, chegara até ali, não foi? Pôs-se a fazer um curso avançado de vendas e contabilidade. Terminou o curso e contratou um rapaz que morava na mesma comunidade que agora era passado de João.
O rapaz tinha uma salário mínimo, mas tinha 9 horas de trabalho e João podia administrar a segunda barraca que abrira, desta vez uma loja física em seu bairro humilde. Com as 9 horas de trabalho do rapaz em sua barraca, João mantinha sua loja aberta. Ele faturava os mesmo R$500 por mês mais o faturamento da loja, que era menor do que a barraca! Então João percebeu que necessitava de mais propaganda e promoções. Aplicando as técnicas de venda e de contabilidade que aprendera, otimizava tudo: desde seu tempo até os estoques e a logística das vendas. Adquiriu um carro usado para transportar as mercadorias e trabalhava por volta de 12h horas por dia. Mas nunca aparecia cansado ou desanimado! Logo o faturamento da loja física dobrou e ele pôde abrir mais uma loja, distante cerca de 10km da loja matriz. Fechou a barraca que o fizera chegar até ali e promoveu o garoto a gerente da loja. Fazendo isso, ele deu estudo e oportunidade que ele mesmo não tivera. Bondade? Sim! Mas o mais importante era o custo/benefício de ter uma pessoa qualificada e confiável à frente de seu negócio quando ele não estava.
Então João percebeu que não precisava mais ficar nas lojas! Abriu a terceira e oferecia intenso treinamento aos seus funcionários, que trabalhavam com gosto e ganhavam por produtividade.
Depois de terminar a faculdade de Administração de empresas, João comemorou a abertura da sua 10º loja com uma grande festa! Era sua primeira loja em um shopping center da sua cidade e ele já faturava tanto que não precisava mais trabalhar. Trabalhava porque gostava! Ficava satisfeito de andar de loja em loja conferindo estoques, contabilizando os ganhos e gastos, conversando com funcionários e dando dicas e aprendendo dicas de como rentabilizar o tempo ocioso."
Essa história é fictícia, mas poderia muito bem ser verdade. Há pessoas assim? Difícil! Criei um
case( ou cenário) muito difícil, mas possível. O que gostaria de passar é que: viva de sua
renda PASSIVA, não de sua
renda ATIVA. João poderia ter parado quando ganhava R$2000 por mês que já estaria acima da média brasileira, mas seguiu em frente! Saiu da sua zona de conforto e cresceu.
Ele não se satisfez com sua bolha. Ele queria uma bolha maior! E para essas pessoas, crescer significa romper com barreiras que impedem muitas pessoas de progredirem.
Para sair da zona de conforto, não basta seguir um caminho estranho ao seu quotidiano. Basta querer mais, aprender mais, trabalhar mais para que você tenha mais. Ter mais não significa somente dinheiro: LIBERDADE!
Quanta liberdade cabe dentro da sua zona de conforto? Quanto você gasta de seu tempo, buscando uma liberdade que não existe? Em outras palavras: quantas horas da sua vida você já não gastou em um trabalho enfadonho, mas seguro, estável; porém que te limita e te deixa infeliz? Muita gente morre por segurança, mas a segurança provém do medo. Eu escolho viver sem medo, porque isso me dá liberdade! Empreender não é abrir qualquer negócio e ser feliz. É saber o que está fazendo e como fazer. É escolher o caminho difícil; é ter problemas para resolver (que te farão crescer); é saber que o dinheiro pode não entrar e você terá que descobrir porque.
Enfim, liberdade é relativa e cada um tem a sua. A minha noção de liberdade é ter fundos suficientes para virar palhaço de circo ou dançarino de Tango, se eu quiser! É construir uma renda passiva que me possibilite tirar férias em qualquer mês e qualquer diz que der na telha!
Liberdade! O que você entende como liberdade?
Até a próxima postagem!
